A agricultura no Sanguinho desenvolve-se hoje numa lógica de pequena produção, de carater sobretudo experimental e de auto abastecimento dos residentes, que hoje são na sua maioria visitantes de curta duração. Somos pioneiros na produção em modo biológico, certificados pela ECOCERT.
ANUAIS Todos os anos, seguindo as épocas culturais que se adequam àquela zona, são cultivadas diversas variedades de leguminosas, como os feijões, ervilhas, favas, tremoço e amendoim.
São também cultivadas abóboras, courgettes, pepinos, alfaces, tomates, cenouras, rabanetes, acelga, nabos. Condimentares como salsa, coentros e a açafroa, utilizada em pratos tradicionais. E fruta como melancias e meloas. Também plantamos milho, destinado sobretudo à alimentação dos nossos animais. Temos grandes áreas de produção de Inhame. E produzimos uma larga variedade de plantas aromáticas, como poejo, lavandas, nêveda, mentas, salvia, maria luíza e erva prínsipe.
O Sanguinho iniciou também pela primeira vez o cultivo de Cânhamo no ano de 2024.
PERENES Através das diversas quintas temos muitas árvores de citrinos, como laranja, mandarina, tangerina, limão galego e limão branco. Temos uma grande produção de banana e de araçá, mas também temos árvores de goiaba, nêspera, anona, macâ, ameixa, marmelo, tamarilho e româ. Temos uvas, groselhas, maracujás, framboesa e café. E claro, uma grande produção de chá.
A Sanguinho, em colaboração com a Confraria Internacional Cannabis Portugal, iniciou o plantio das primeiras sementes de cânhamo industrial nos Açores em maio de 2024, estando neste momento em fase de experimentação. O momento, considerado histórico, foi registado numa cerimónia oficial que aconteceu no dia 22 de maio de 2024, num terreno de cultivo da aldeia do Sanguinho e que contou com a presença de várias entidades e participantes.
“Este cultivo e outros igualmente previstos, nas ilhas de S. Miguel, Terceira, Pico e Flores, representa o culminar de inúmeras reuniões, formações especializadas, três edições da CannAzores - Fórum Transatlântico de Cânhamo e Canábis, em 2021, 2022 e 2023, e duas edições da CannaPortugal – Expo Internacional de Cânhamo e de Canábis, realizadas em Lisboa em 2022 e 2023”, afirmaram as entidades competentes por este projeto.
Segundo as mesmas fontes, “a fileira do cânhamo industrial é uma área económica de valor acrescentado com base numa planta da família da canábis que não constitui qualquer perigo para a saúde pública, uma vez que os níveis de THC (tetrahidrocanabinoil) são baixos e não produzem efeitos psicotrópicos”.